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quarta-feira, 23 de março de 2011

Doce Maturidade



Sei que estou madura não pelos fios de cabelos brancos 

que insistem em se multiplicar e nem pelas oportunidades 
que deixei passar esperando que melhores viessem, mas 
porque hoje crio as oportunidades que desejo vivenciar.

Reconheço a maturidade não pelos sonhos que morreram, 

mas pelos sonhos que insistem em brotar de minha alma 
e que hoje os faço acontecer à minha medida e possibilidade. 

Mas, se ainda assim, o sonho não acontecer ou não der certo, 
não fico remoendo, me culpando pelo fracasso ou esperando 
que alguém o realize por mim.

Simplesmente, não perco tempo. 

Aprendo com meus erros, sigo em frente, 
sabendo que o tempo de recomeçar já está acontecendo.

Essa é uma das vantagens que o tempo nós dá: 

aprendemos que o melhor tempo da nossa vida não foi o tempo 
que passou e nem o tempo que virá – esse tempo é tempo de ilusão, 
uma maneira de evitarmos a vida que flui naturalmente em nós.

Aprendemos que as perdas, na verdade, nunca foram perdas, 

e sim, ganhos – oportunidades de nos livrarmos da falsa auto-imagem 
que construímos para nos sentirmos aceitos e amados.

Quando amadurecemos, compreendemos que não importa se 

nos sentimos ou não amados o suficiente e se não amamos o 
quanto poderíamos ter amado... 
o importante mesmo é como amaremos daqui pra frente!

A maturidade não se faz pelas marcas que o tempo deixa em nossa pele, 

mas pela sensibilidade que sentimos quando alguém nos toca 
e com a doçura com que tocamos alguém... 
com a doçura com que tocamos a vida!

Entendemos definitivamente que o amor, a alegria, a paz, são sentimentos 

que brotam de dentro pra fora e não de fora pra dentro.

Aprendemos, ainda, um novo conceito de felicidade, mais consistente e real.

Valorizamos a simplicidade da vida, os pequenos gestos... 

coisas que a pressa da juventude não nos permitia apreciar.

Compreendemos de uma vez por todas que ser feliz não é uma questão de idade, 

e sim, uma questão de escolha, de decisão mesmo!


Cintia Jubé

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