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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Me Chame do que quiser




Se parece ingênuo que eu acredite nas pessoas,
que me chamem de tola.
Se parece impossível que eu queira ir onde ninguém conseguiu chegar,
que me chamem de pretensiosa.
Se parece precipitado que eu me apaixone no primeiro momento,
que me chamem de inconsequente.

Se parece imprudente que eu me arrisque num desafio,
que me chamem de imatura.
Se parece inaceitável que eu mude de opinião,
que me chamem de incoerente.
Se parece ousado que eu queira o prazer todos os dias,
que me chamem de abusada.

Se parece insano que eu continue sonhando,
que me chamem de louca.
Só não me chamem de medrosa ou de injusta,
porque eu vou à luta com muita garra e muita vontade de acertar.
E foi lutando que eu perdi o medo de ser ridícula,
de ser enganada. de ser mal entendida.
Perdi, na verdade, o medo de ser feliz.

Não me incomoda se as pessoas me veem de forma equivocada.
O importante mesmo é como eu me vejo...
Sem cobrança. sem culpa. sem arrependimento.
A gente perde muito tempo tentando agradar aos outros,
tentando ser o que esperam de nós.
Eu sou o que sou e não peço desculpas por isso.

No meu caminho até aqui, posso não ter agradado a todo mundo,
mas tomei muito cuidado para não pisar em ninguém.
Sendo assim, me chame do que quiser, eu não ligo...
Porque eu só atendo mesmo quando chamam pelo meu nome,
que eu tenho o maior orgulho de carregar.

Lena Gino

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Falhas



As falhas que tenho como ser humano
expresso nas lágrimas que derramo
e nas palavras tristes que declamo.
As falhas que cometi em vida
abriram diversas feridas
coisas mal resolvidas...
e se refletem a minha frente
machucam a minha mente
e estão sempre presentes.

Gilson Costa

sábado, 15 de setembro de 2012

Os Virgens


Sou virgem e meu signo é Leão, tenho filhos e sou virgem.
Tão virgem quanto você.

Quando falamos em virgindade, logo pensamos em sexo,
e a partir do dia que o experimentamos,
o mundo parece perder seu mistério maior.

Não somos mais virgens!
Que grande ilusão de maturidade.

Virgindade é um conceito um tanto mais elástico.
Somos virgens antes de voltar sozinhos do colégio pela primeira vez.
Somos virgens antes do primeiro gole de vinho.
Somos virgens antes de ver Paris.
Somos virgens antes do primeiro salário.
E podemos já estar transando há anos e permanecermos virgens diante de um novo amor.

Por mais que já tenhamos amado e odiado,
por mais que tenhamos sido rejeitados,
descartados, seduzidos, conquistados,
não há experiência amorosa que se repita,
pois são variadas as nossas paixões e diferentes as nossas etapas,
e tudo isso nos torna novatos.

As dores, também elas, nos pegam despreparadas.
A dor de perder um amigo não é a mesma de perder um carro num assalto,
que por sua vez não é a mesma de perder a oportunidade de se declarar
para alguém, que por outro lado difere da dor de perder o emprego.
Somos sempre surpreendidos pelo o que ainda não foi vivido.

Mesmo no sexo, somos virgens diante de um novo cheiro,
de um novo beijo, de um fetiche ainda não realizado.
Se ainda não usamos uma lingerie vermelha,
se ainda não fizemos amor dentro do mar,
se ainda cultivamos alguns tabus,
que espécie de sabe-tudo somos nós?

Eu ainda sou virgem da neve, que já vi estática em cima das montanhas,
mas nunca vi cair.
Sou virgem do Canadá, da Turquia, da Polinésia.
Sou virgem de helicóptero, Jack Daniels, revólver, análise, transa em elevador,
LSD, primeira classe, Harley Davidson, cirurgia, rafting,
show do Lenny Kravitz, siso e passeata.

A virgindade existencial nos acompanha até o fim dos nossos dias,
especialmente no último, pois somos todos castos frente à morte,
nossa derradeira experiência inédita.
Enquanto ela não chega, é bom aproveitar cada minuto dessa
nossa inocência frente ao desconhecido,
pois é uma aventura tão excitante quanto o sexo e não tem idade pra acontecer.

Martha Medeiros

domingo, 2 de setembro de 2012

Sexualidade



A nossa sexualidade nos aprece como algo incógnito,
cheio de preconceitos, de moralismo, de dúvidas,
de informações incorretas.
A questão sexual na juventude parece estar sempre no limite
entre o desejo e a repressão.
O sexo fica na nossa sociedade como discurso nunca dito.

O controle da reprodução, por exemplo, é de interesse de qualquer
jovem que mantenha relacionamento heterossexual.
Muitas outras questões atormentam os jovens:
o homossexualismo, o orgasmo, o aborto, os métodos contraceptivos,
a masturbação, enfim, tudo o que diz respeito à nossa sexualidade é
algo (des)conhecido e produtor de ansiedade para a maioria dos jovens.

A Psicologia e o Estudo da Sexualidade

A Psicologia já sabe há muito tempo que a questão sexual,
pelos aspectos morais a ela vinculados,
é fonte de angustia para o jovem que se inicia nesses segredos.

De acordo com a competência da Psicologia podemos dizer
o que é o prazer,que sentimentos vêm junto com a sexualidade e,
mesmo, qual a diferença entre sexo e sexualidade.

Sexo é instinto?

Já sabemos que o homem se difere dos outros animais pela consciência,
então a escolha do parceiro sexual, no caso da nossa espécie,
não é feita instintivamente, tem o componente da escolha.
Pouca coisa resta no homem de caráter instintivo,
e a escolha sexual é feita mais pelo prazer individual do que
pela pressão da necessidade de reproduzir.
Significa dizer que o prazer passa a ser o dado fundamental
para a sexualidade humana.

Qual é a fonte do prazer?

O prazer não está mais vinculado a à finalidade de sobrevivência,
é apena o prazer pelo prazer.
Freud chama este tipo de prazer de erotismo e considera seu
aparecimento como a primeira manifestação da sexualidade.
Esta descoberta será fundamental para que a criança percorra
o caminho que a levara à busca do prazer sexual,
que também esta desvinculado de suas finalidades,
já que a relação sexual se dá pelo prazer que ela oferece ao
individuo e não por um reflexo da espécie.

O Desenvolvimento da Sexualidade

A sexualidade tem inicio desde s primeiros contatos com da criança
com o mundo e irá completar-se na puberdade.
A criança ira desenvolvendo paulatinamente a sua sexualidade.
Antes de aprender a investir libido no outro, ela precisa aprender o que é prazer.
O prazer oral, o primeiro momento dessa maturação, sucede-se o prazer anal
da retenção e expulsão das fezes e, mais adiante ainda o prazer fálico
que tornaprazerosa a manipulação dos genitais.
Aos cinco anos de idade a criança já tema a sexualidade definida.
Dos cinco até a puberdade, ela passará por uma fase de adaptação,
chamada de latência, quando realizará o abandono do objeto sexual
no interior das relações parentais para, daí em diante,
fazer sua escolha fora da família.
A sexualidade no adulto, salvo algumas exceções,
buscara sempre que possível o contato genital.

Estar amando _ É no objeto amado que investimos a libido,
pode ser alguém que se assemelha à figura paterna ou materna,
alguém que possua algo que se deseja e não se possui,
ou alguém que possua o que agente possui e assim ama-se a si próprio
no outro. Segundo Jacques Lacan, psicanalista, não é todo dia que
encontramos aquilo que é a imagem exata do nosso desejo.
Mas, quando encontramos, sabemos identificar.

A paixão _ É o extremo do investimento libidinal no outro,
ele investe tanto que seu eu fica empobrecido e enfraquecido.
É a entrega total ao outro.
É preciso que o individuo, num movimento de defesa do seu eu,
volte a investir libido em si próprio,
o que pode significar um amadurecimento do sentimento para amor.

A amizade _ É um sentimento da libido que foi inibida em sua finalidade genital.
Com isso, queremos dizer que toda relação sexual afetiva,
seja de amor ou amizade, é do ponto de vista da psicanálise,
um investimento de energia sexual.
Denominamos de identificação essa forma de elaboração
e na qual investimos libido no outro de uma maneira diferente da usada
no investimento amoroso.
E através do processo de identificação que enriquecemos
e formamos nossa própria personalidade.


Texto de Filmes, Livros & Psicologia
www.facebook.com/pages/Filmes-livros-Psicologia
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