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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Onde está você agora?


Onde está você com seus pensamentos nesse momento?
Será que está presente na conversa com os amigos,
ou está longe, viajando por lugares distantes?

Onde está sua felicidade agora?
Será que está junto de você, ou está longe,
em objetos distantes, em pessoas que se foram,
em bens materiais que você ainda não tem?

Onde está seu sorriso agora?
Está em seu rosto, estampando a sua alegria
e confiança na vida?
Ou será que foi levado por alguém que não está mais aqui?
Será que seu sorriso ainda depende dos outros?

Onde está a sua vontade de viver, agora?
Está aí mesmo dentro de você chamando-o, a cada minuto,
para as oportunidades, para viver os dias,
ou está nas mãos de outras pessoas,
e você está perdido sem saber para onde ir?

Quem é o dono da sua vida, da sua vontade e da sua motivação?
O que você precisa para ser feliz agora?
Um emprego?
Será que você não consegue procurar um pouco mais?
Quem sabe mudar os rumos?
Ou procurar em lugares onde você nunca havia procurado antes?
Não coloque para si mesmo obstáculos demais!
Será que a felicidade está apenas na conquista de um emprego?

Talvez você precise de um amor.
Então cultive novas amizades!
Lembre-se de que a amizade é a fonte do amor verdadeiro!
Procure se aproximar mais das pessoas, quem sabe!
Antes de querer ser amado, ame!

Onde está seu Deus agora?
Será que você já o descobriu dentro de você?
Será que você já o descobriu nas leis maravilhosas
que regem o universo?
Na proteção que recebemos, nas chances,
nos encontros, nas bênçãos da vida?
Será que você já o descobriu nas estrelas, nos mares,
nos ventos, no perfume das flores?

Onde está você agora?
No curso mais seguro da vida,
tendo sua embarcação sob controle?
Ou está à deriva?
Distraído pelas ilusões que encrespam o oceano todos os dias?

Onde está você agora?
Buscando um sentido maior para tudo,
buscando o crescimento espiritual,
ou está preocupado com coisas tão pequenas,
incomodado com problemas tão simples?

É tempo de saber onde realmente estamos.
É tempo de repensar muitas coisas,
de dar um novo sentido a tudo,
de redescobrir as coisas mais simples e possíveis,
e recriar a vida, colocando-a em seu curso seguro.

.
Pense nisso!
Por vezes nossos olhares se perdem no espaço à procura de algo
que se encontra bem perto de nós.

Outras vezes permitimos que nosso sorriso siga atrelado
ao passo de alguém que se afasta de nós...

Nossa alegria, tantas vezes,
perde a força por causa de algo insignificante.

Às vezes permitirmos que a nossa vontade de viver se enfraqueça,
vencida pelas ilusões e fantasias...

No entanto, para que não deixemos de viver o momento,
intensamente, é preciso prestar atenção nas horas,
no agora, no hoje, para que não deixemos escapar as mais excelentes
oportunidades de construir nossa felicidade duradoura.

Pensemos nisso!


Texto: Redação Momento Espírita

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Prazeres...



Seis da manhã. Desperto.
O quarto ainda às escuras.
Abro a janela... claridade, cheiro de mato, canto de pássaros...
Fico ali, debruçada, olhando a paisagem.
O jardim, o lago, o caminho de eucaliptos,
a ponte... mais distante a estrada.
Flores de maracujá, bananas no cacho, limoeiros, jabuticabeiras, laranjais, e mais e mais...
O pé de manga cheiroso, que delícia!
Ali também já se plantou mandioca, milho e até feijão.

Seguindo...

Os cavalos do vizinho no pasto.
Cachorros correndo, brincando e latindo quebrando o silêncio, alegrando a manhã.
Flores... de todo o jeito, de todas a cores e perfumes.
Muitas folhagens.

Uma parada...

Vou à cozinha. Água no fogo... café quentinho, mesa posta, o jornal...
Ligo o rádio. Não! rs
Vou à cozinha. Ligo o rádio. Água no fogo... café quentinho, mesa posta, o jornal...

Mais uma olhada...


A rede adormecida no quiosque rodeada de flores, umas no chão, outras suspensas.
Bem perto, meu pé de manacá da serra.
Flores brancas, rosas e roxas (tão lindo!), tantos botões se abrindo.
Rosas, hibiscos, hortências, lírios,... um canteiro só de maria- sem –vergonha vermelho, claro... rs
Orquídeas presas às árvores...
Tantas mais, todas plantadas por mim.
Um lindo jardim.
Cuido com carinho de cada uma. delas.

Depois do café...

Uma longa caminhada na estrada de chão batido.
O bom dia a algum vizinho também madrugador.
Vez ou outra passa um carro, uma moto, uma carroça, um cavalo...bois para todo lado, cercados..
Casas que ainda não acordaram...

De volta a casa...

Um banho, um descanso. Não por muito tempo.
Hora do almoço. Panelas sorridentes me aguardam.
Ali tudo ficava mais gostoso, mesmo que fosse só um arroz com feijão.
Uma cerveja, um tira-gosto, muito papo, muitas risadas.
Pudim de leite moça

Preguiça generalizada.
Um cochilo na rede

Entardecendo...

Bolo no forno.
Na cadeira da varanda, ou sentada no chão encostada à parede, concentrada na leitura.
Bom, nem tanto assim... de vez em quando, perco meus olhos em algum lugar.
Às vezes só pensando. Um bom lugar para fazer reflexões.
Fico ali por horas, numa paz tão grande.

Anoitece...
Hora de partir...



Despedindo do jardim, da casa, do meu paraíso...
Um lugar tão simples, tão aconchegante, tão belo.
Portões se fecham.
E lá vou eu para cidade...

Regina Ragazzi

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Você...


Às vezes você é tão bobo, e me faz sentir tão boba, 
que eu tenho pena de como o mundo era bobo 
antes da gente se conhecer. 

Eu queria assinar um contrato com Deus: 
se eu nunca mais olhar para homem nenhum no mundo, 
será que ele deixa você ficar comigo pra sempre? 

Eu descobri que tentar não ser ingênua 
é a nossa maior ingenuidade, 
eu descobri que ser inteira não me dá medo 
porque ser inteira já é ser muito corajosa, 
eu descobri que vale a pena ficar três horas 
te olhando sentada num sofá mesmo 
que o dia esteja explodindo lá fora. 

E quando já não sei mais o que sentir por você,
eu respiro fundo perto da sua nuca,
e começo a querer coisas que eu nem
sabia que existiam. (...)

Eu olhei para você com aquela sua jaqueta 
que te deixa com tanta cara de homem 
e me senti tão ao lado de um homem, 
que eu tive vontade de ser 
a melhor mulher do mundo. 

E eu tive vontade de fazer ginástica, ler,
ouvir todas as músicas legais do mundo,
aprender a cozinhar, arrumar seu quarto,
escrever um livro, ser mãe. (...)

Eu te engoli e você é tão grande pra mim 
que eu dedico cada segundo 
do meu dia em te digerir. 

E eu não tenho mais fome, e eu tenho que ter fome
porque eu não quero você namorando uma magrela.

E eu sonhei com você e acordei com você, 
e eu te olhei e falei que eu estava 
muito magrela, e você me mandou dormir mais, 
e me abraçou. 

Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, 
mas aí olho pra você e você também está sempre rindo. 
Se isso não for o motivo para a gente nascer, 
já não entendo mais nada desse mundo. (...) 

Você me transformou no eufemismo de mim mesma, 
me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, 
suavizou meu soco, 
amoleceu minha marcha e 
transformou minha dureza em dança. 

Você quebrou minhas pernas, 
me fez comprar um vestido cheio de rendas e babados, 
tirou as pedras da minha mão. 

Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, 
eu te quero como meu ponto final.

Tati Bernardi

domingo, 4 de novembro de 2012

A raiz e a flor



Parece que quanto mais nos expressamos, quer dizer,
quanto mais colocamos para fora o que está em nosso interior,
mais vivos estamos.

Quanto mais damos voz à nossa dor de viver, menos barreiras entre
nossa alma e o mundo.
Por outro lado, quanto mais nos reprimimos, quanto mais represamos,
e nos fechamos em nós mesmos, menores nos tornamos.
Quanto mais acumulamos em nosso coração e em nosso cotidiano,
mais temos de nos esforçar para sentir a vida diretamente.

Tanto que nossa vida não expressada pode se tornar um calo
que carregamos e cuidamos, mas nunca removemos.
A vida pode, de fato, perder sua suavidade.
Erroneamente concluímos que ela está perdendo seu sentido,
quando somos nós que não estamos sentindo mais o sabor
das emoções essenciais.
Por exemplo, para uma pessoa que não percebe que está com catarata,
é o mundo que parece escurecer, não sua vista.

Quantas vezes achamos o mundo menos estimulante,
inconscientes de que nosso coração está diminuído e sufocado por todas
as coisas que permaneceram reprimidas?

Confesso que, por muitas razões, sempre me senti invisível em minha família
e em certos grupos.
Inicialmente, o problema se originou por querer agradar a todo custo uma
mãe centralizadora.
Isso me levou a anos de mágoas e rejeições nunca reveladas,
que formaram um  calo no meu coração.

Sou e sempre fui uma pessoa muito aberta e sensível, mas,
além de certo ponto, meu íntimo não podia ser tocado.
Embora esse calo tenha começado a se desenvolver a partir
do relacionamento com minha mãe, isso afetou o modo
como me relacionava com qualquer um.

Finalmente, percebi que o mundo não estava perdendo sua cor,
mas eu é que estava apagando as cores das emoções.
Dizer isso agora tão calmamente não reflete como foi difícil,
longo e doloroso tomar consciência desse problema.

Ele veio à tona para mim gradualmente, à medida que passei a reconhecer
e dar voz à sensação de invisibilidade que carreguei por toda a vida.
Parece que a nossa autenticidade está ligada ao que é expresso e ao que é reprimido.
Assim como as flores precisam de raízes saudáveis para florescer,
os sentimentos somente podem expressar sua beleza,
quando estão cuidadosamente enraizados em nós,
rompendo o solo de algum modo e desabrochando.

É esse delicado e paradoxal pedacinho de chão entre a superfície e o fundo,
entre a flor e a raiz, entre o que é libertado e o que é contido,
que continuamente determina se estamos vivendo nossa vida, ou não.

Texto extraído de:
O Livro do Despertar
Mark Nepo
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