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sábado, 6 de julho de 2013

Um dia de cada vez...


Poderia transcrever aqui, nesse exato instante, a oração da SERENIDADE, mas nesse exato instante eu não estou nada SERENA.

A verdade é que hoje eu acordei do avesso e o avesso é feio, amarrotado, acinzentado ou talvez sem cor alguma.

Não quis olhar-me no espelho. Não lavei o rosto, não penteei o cabelo, não tirei o pijama, porém não fiquei na cama.

Saí por aí, aleatoriamente, rastejando feito serpente, procurando entre os vãos das pedras frias algumas explicações para as reviravoltas da minha VIDA. 

Achei respostas para tantas coisas, outras lacunas ficaram em branco.

Bem, hoje não abri meus olhos para o SOL que bateu a minha janela, porque, também na verdade, nem a janela eu abri.

A grama hoje não estava verde. As flores não exalaram perfume e a comida não teve sabor.

Caminho as horas taciturna e fragilizada, sem a mínima possibilidade de equilíbrio para os próximos segundos, minutos ou horas.

Nada me atrai, nada flui...

Tudo esgueira-se ou recosta-se em paredes caiadas de negro.

Nem mesmo uma caixa de lápis de cor ou uma palheta de aquarelas me devolveria o brilho de um arco-íris, porque hoje eu sou tudo isso.

Na VERDADE ninguém é FELIZ, COMPLETO ou PLENO a todo instante! Quem diz sê-lo veste a máscara da MENTIRA.

Hoje acordei para curtir um momento só meu, único, intenso... e tenho que vivê-lo porque ninguém mais o fará por mim.

Eu me aguento! Curto! Engulo um amargo que me desce.

O doce talvez seja para o amanhã...

Todo esse turbilhão em um dado clicar de tempo passa...

Só por hoje! Só por hoje!

Quando amanhecer na outra manhã será tudo diferente.

O antônimo de tudo isso acontecerá e eu me sentirei FELIZ !

Só por hoje eu estou assim...

E que me deixem passar as minhas dores, pois há que se viver UM DIA DE CADA VEZ...


Malu Silva
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