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segunda-feira, 21 de março de 2011

Toques de elegância


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez,
por isso, esteja cada vez mais rara e fora de moda:
é a elegância do comportamento...

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres
e que abrange bem mais do que dizer um
simples “obrigado” diante de uma gentileza…

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã
até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas,
quando não há festa alguma, nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada...

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam,
nas pessoas que escutam mais do que falam...

E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades,
normalmente ampliadas no boca a boca...

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz
ao se dirigir a frentistas…
 
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores,
porque não sentem prazer em humilhar os outros…

É possível detectá-la nas pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece,
é quem presenteia fora das datas festivas,
é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação,
não recomenda à secretária que pergunte, antes,
quem está falando e só depois manda dizer se está ou se não está...

Oferecer flores é sempre elegante.

É elegante não ficar espaçoso demais…

É elegante você fazer algo por alguém,
e este alguém jamais saber o quanto você
teve que se desdobrar para o fazer...

É elegante não mudar seu estilo,
apenas para se adaptar ao outro…

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais...

É elegante retribuir carinho e solidariedade...

“É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...”

Sobrenome, jóias e nariz empinado, não substituem a elegância do gesto...

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo,
a estar nele de uma forma não arrogante…

É elegante a gentileza.

Atitudes gentis falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém, é muito elegante.
Dar o lugar para alguém se sentar, é muito elegante…

Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem imenso para a alma...

Oferecer ajuda, é muito elegante...

Olhar nos olhos ao conversar, é essencialmente elegante...

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação,
mas tentar imitá-la, é improdutivo…

A saída é desenvolver, em si mesmo, a arte de conviver,
que independe de status social:
é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu,
que acha que "com amigos”… não tem que ter estas coisas…

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade,
os desafetos é que não irão desfrutá-la…

Educação enferruja por falta de uso…
E um detalhe: não é frescura.

Martha Medeiros

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