desmanchou o penteado arrumadinho
de várias certezas que eu tinha,
e algumas vezes descabelou completamente a minha alma.
Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali,
no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura.
A gente não precisa de certezas estáticas.
A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar.
De se tornar manhã novíssima depois de
cada longa noite escura.
De duvidar até acreditar com o coração isento
das crenças alheias.
A gente precisa é saber criar espaço,
não importa o tamanho dos apertos.
A gente precisa é de um olhar fresco,
que não envelhece, apesar de tudo o que já viu.
É de um amor que não enruga,
apesar das memórias todas na pele da alma.
A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para,
finalmente, viver.
A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz
a partir do único lugar onde a felicidade pode começar,
florir, esparramar seus ramos,compartilhar seus frutos...
Ana Jácomo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião sobre o texto.